quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Garota Infernal (Jennifer's Body)

SESSÃO "Cedendo Espaço"
Por Giulia Prates



Não é hilário, muito menos apavorante. Se fosse para pôr o filme em uma categoria, não usaria a classificação de ‘terror’ dada pelo diretor Karyn Kusama; o termo ‘adolescente’ seria mais apropriado. Apesar das garras e do sangue abundante, não há como destacar uma cena sequer que realmente apavore alguém. Com umas tiradas sarcásticas, o filme arranca algumas risadas, principalmente nas partes em que o ator Adam Brody aparece, mas também não chega no nível de “comédia”.

A história apresenta os personagens clássicos da escola americana: a líder de torcida popular; a menina bonita fantasiada de nerd, com seu namorado igualmente nerd, e o gótico obscuro. A fórmula dá certo, o filme não é de todo ruim, mas dificilmente dará à roteirista Diablo Cody a oportunidade de ganhar outro Oscar. Depois dos diálogos fantásticos de Juno, acho que inevitavelmente esperávamos algo mais da premiada escritora/roteirista.

Agora vamos ao que interessa à maior parte do público do filme: Megan Fox (Jennifer). Devo admitir que ela faz um trabalho fantástico no papel... dela mesma. Não consigo pensar em alguém que se encaixasse tão bem no papel de gostosona fútil e oca quanto a própria Megan, e provavelmente foi por isso que ela foi escalada para o personagem. As únicas partes que exigiram alguma habilidade artística da atriz foram os episódios em que virava monstro, e os efeitos especiais são os únicos responsáveis pela credibilidade de tais cenas. Por outro lado, a protagonista Amanda Seyfried apresenta uma atuação muito boa, incorporando de maneira exemplar a solitária devota melhor amiga de Jennifer, Needy Lesnicky, e suas cenas são certamente as melhores.

Uma cena que merece destaque na avaliação: o tão esperado beijo lésbico de Megan Fox e Amanda Seyfried. Sem dúvidas a sequência mais sem nexo e fora de contexto de todo o filme, que serviu apenas para apelar ainda mais para o público masculino e saciar o desejo de muitos de ver seu atual ícone sexual explorar sua bissexualidade na telona.

Salve Geral

Por Matheus Miguens



É preciso falar de Salve Geral.

Fui convidado para a sua glamurosa pré-estréia no cinema há um mês, com direito a famosinhos globais, craques do cinema brasileiro e claro, a imprensa. A expectativa era grande, já que o longa estreou com a chancela de ter acabado de ser eleito o candidato do Brasil para disputar uma das cinco vagas para o Oscar 2010 na categoria melhor filme estrangeiro. Porém confesso que, ao contrário do big-evento, não vi lá tanta coisa na telona.

No novo projeto, Sérgio Resende repete o feito de Zuzu Angel, ao abordar o drama de uma mãe em desespero, lutando pela vida do filho. Baseado em fatos reais, Salve Geral se passa em maio de 2006, quando a cidade de São Paulo ficou sitiada com os ataques liderados pelo PCC (Primeiro Comando da Capital). No meio do caos a viúva Lúcia, uma mulher simples de classe média, tem a missão de tirar o filho adolescente da cadeia. Em sua luta, Lúcia acaba se envolvendo com integrantes do Partido. Paralelamente, a facção criminosa vive uma acirrada luta interna de poder e ao mesmo tempo enfrenta o inimigo comum: o sistema penitenciário.

É um complexo drama, constituído em diferentes camadas. Seu roteiro é bem resolvido quanto à abordagem de diversas tramas paralelas, o que nem sempre é fácil. Não há heróis nem vilões; não trata policiais como malvados e nem presos como bonzinhos, o que é bom, já que o patético Última Parada 174, do mesmo gênero, resolveu transformar um moleque delinqüente num mártir (não há palavra melhor) da sociedade. Abrindo um parênteses: veja bem, não me considero um Dândi aburguesado e ignorante das mazelas sociais, só acho que o bom senso deveria ser valorizado na crítica ao comportamento humano. Policiais, bandidos e cidadãos: todos agem de forma violenta, de acordo com os interesses. É um fato. A questão social é complexa, e está acima de preferências individuais, o que deveria ser óbvio. Todos somos, num só tempo, vítimas e culpados, agente e reagente, ativos e passivos. Somos todos corruptos, essa é a realidade. Ok, mas sem fugir da crítica à sétima arte, continuemos. Enfim, o filme apresenta esse panorama para mostrar mais uma vez o sistema carcerário falido que o Brasil tem, a violência policial e a corrupção em todas as escalas. Mesmo sem apresentar esses elementos de forma clara, é contado sem perder o ritmo, integrando todas as histórias de forma limpa.

Salve Geral é correto quanto à recriação do fatídico domingo em que São Paulo parou. Mas o longa sempre parece menos convincente em sua porção fictícia, ao se apoiar em personagens cujas ações e reações não parecem lógicas. Vide a idéia da humanização da estória. Se a idéia do diretor era aproximar o expectador do filme ao colocar uma pessoa comum como protagonista, seu plano naufraga no momento em que a personagem se apaixona por um presidiário bonitão. Ta aí um lugar comum hollywoodiano. Válido também para a desnecessária cena da perseguição de carro à la Velozes e Furiosos, que destoa do filme – total clichê de Sessão da Tarde. Além disso, falta a naturalidade das ruas. As cenas são recheadas de frases de efeito que são declamadas como se estivéssemos todos no teatro. Isso parece se dever aos mais de 60 atores do cenário teatral paulista que integram o elenco. Talvez. Até porque, justiça seja feita, os atores são bons. Andrea Beltrão, por exemplo, é muito competente e não deixa a desejar. Porém, é a coadjuvante Denise Weinberg quem rouba literalmente a cena.

Apesar de a receita não funcionar, o Brasil insiste em enviar, ano após ano, o mesmo estilo de filme para o Oscar. Carandiru, Última Parada 174 e até o genial Cidade de Deus fracassaram. O que nos faz pensar que Salve Geral será diferente? É uma obra competente, mas sem potencial para comover os conservadores membros da Academia. Temo que nem seja indicado ao prêmio. E o mais curioso é que na mesma lista para concorrer à vaga, estava o filme de Selton Mello, Feliz Natal. E perdeu.

Mais nada a dizer. É esperar pra ver.


segunda-feira, 26 de outubro de 2009

O Desinformate! (The Informant!)

Por Rafael Mathias



The Informant informa demais. Prepare-se para ficar desnorteado com a quantidade de baboseira "falada" na tela. Verdade que tem muita coisa engraçada sendo dita ali, mas é só isso, engraçado. Se todas as informações inúteis que existem no pensamento do protagonista (Matt Damon) são para confundir, foi bem sucedido. A própria personalidade da personagem é propositalmente confusa e o voice-over funciona nesse quesito. Entretanto, num longa narrado e em que o pensamento do personagem não sai de cena, é pedir pra dar errado.

A direção de Soderbergh é mediana. Não há inventividade ou ousadia por parte do diretor, salve alguns planos das reuniões filmadas. A fotografia é estéticamente interessante em cenas com tonalidades mais quentes, de características mais intimistas.

O mais interessante é que o filme é totalmente a cara dos irmãos Coen. Piadas inteligentes e articuladas e a ótima trilha sonora, bastante cômica, que impõe o gênero ainda mais. (Sem contar que a história tem uma pequena semelhança com a de Burn After Reading).

The informant é um filme que merece ser assistido pela história inacreditável, só vendo pra entender o quão inacreditável é, se não acabar se perdendo em meio aos voice-overs.



domingo, 25 de outubro de 2009

Adam

SESSÃO "Cedendo Espaço"
Por Giulia Prates




Clássico caso em que o ator rouba a cena no filme.

A história é um romance delicado e envolvente, com um leve toque de humor. Quem merece destaque na obra é o ator Hugh Dancy, que faz o papel de Adam. Adam é um engenheiro brilhante que sofre da Síndrome de Asperger (um tipo de autismo), e se mantém muito reservado em seu apartamento em NY até se apaixonar por sua vizinha, Beth (Rose Byrne). Rose também dá um show de atuação no filme, e não há como não se emocionar com as cenas dos dois.

Porém, se você espera um final chocante, ou uma narrativa extremamente dramática, esse não é o seu filme. Sem muitas surpresas, o roteiro segue linearmente, com pequenas reviravoltas, e poderá ser considerado entediante pelos espectadores mais inquietos.

Por fim, o roteiro não é de todo previsível, e o diretor/escritor Max Mayer surpreende o suficiente para prender sua atenção. Além disso, o diretor de fotografia Seamus Tierney faz um belo trabalho ao fotografar o cenário nova-iorquino do filme.

O filme esteve em exibição no Festival do Rio 2009, e estréia no cinema até o final do ano.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Up! - Altas Aventuras (Up)

Por Gabriel Giraud



Filmes da Disney sempre foram clássicos da minha geração. Eu, manteiga derretida que sou, sempre procurava evitar esses filmes para não sair chorando na frente de todo mundo. A gente cresce e vai sentindo uma atraçãozinha maior pelos filmes da DreamWorks, tipo o Shrek, que tem aquelas palhaçadas levemente ácidas e deliciosas que só gente grande entende. No entanto, depois de muito tempo, chega Wall-E, da Pixar, e toca nossos coraçõezinhos. Todos disseram que se tratava da melhor animação já feita. Até Up.

O novo filhinho da Disney/Pixar arrancou suspiros de vários blogueiros e críticos de cinema. Dentre eles, eu mesmo. Chorei. Chorei muito, nossa, de a voz tremer ao sair da sessão. O filme é lindo, a história é uma lição de vida com personagens carismáticos (o velhinho, o escoteirozinho gordo, o bichinho que deve ser protegido e o cachorro babão). Daí você espera um pouco o efeito do filme passar e vê: era um filme da Disney. D-I-S-N-E-Y! Três horas mais tarde, eu tinha lembrado de tudo o que eu detestava chez Disney: tradicionalismo de valores (casamento/casinha/pureza), emoção fofinha, desumanização dos personagens ligados à modernidade (executivos são todos maus e frios), maniqueísmo, relacionamento entre personagens super estranhos entre si (A Bela e a Fera e Cia.) causando aquele sentimento de amizade pura e incondicional, dando a famosa lição de moral de que devemos ser pessoas íntegras e humanas – tudo isso com a estética hipnotizante já conhecida. Fórmula conhecidíssima. E a gente sempre cai nela. Sempre achei isso tudo muito hipócrita, a Disney é uma indústria que faz praticamente lavagem cerebral nas criancinhas pra elas comprarem os filmes, games e bichinhos de pelúcia.

Ok, essa digressão foi para aguçar um pouco nosso senso crítico em relação à indústria cinematográfica. Entretanto, o filme tem pontos essenciais. Um: o protagonista é um velhinho. Dois: sua vida passa e ele nunca realiza sua grande aventura. Três: quando ele fica velho e está prestes a aceitar a chegada do fim da sua vida, ele assume uma atitude de retorno da infância. Isso torna-se uma mensagem nietzschiana da metamorfose humana traduzida para o espectador. O homem como camelo, que carrega sua corcova sem reclamar; como leão, que quebra com sua vida de camelo e vira fera; e, por fim, como criança, que assume uma nova infância, o começo de uma nova vida. E eu realmente acho esse percurso essencial em cada decisão de nossas vidas.

Vi isso duas poltronas da minha no cinema. Uma senhora com dificuldade para andar, sendo ajudada por uma outra mulher, esta de meia-idade, vendo o filme. Curioso, olhava para ela quando eu já tinha enxugado minhas lágrimas. Seu semblante era grave, como se refletisse sobre algo muito sério. Bem, talvez ela não estivesse entendendo tudo, já que sua acompanhante sussurrava-lhe coisas no ouvido volta e meia. Mas achei interessante esse efeito.

Mais do que o exemplo de relação entre idosos e crianças (louvável) e a busca da realização de sonhos, o filme trata de aceitar viver. Aceitar começar mesmo quando parecer não haver expectativas. Todos os gestos, todas as pequenas ações podem ser recicladas para outras finalidades. Uma reflexão humana, complementando o outro viés de humanização de Wall-E.

A Bela Junie (La Belle Personne)

SESSÃO "Cedendo Espaço"
Por Caio Teixeira

(Lançamento em DVD)

A nova geração do cinema francês tem nos reservado belos filmes e gratas surpresas. Dentre estas, o nome de Christophe Honoré vem obtendo cada mais destaque. O francês de 39 anos, autor de filmes como “Canções de Amor” e “Em Paris” nos traz mais um bom filme, chamado “A Bela Junie” (La Belle Personne, 2008). Adaptação livre do romanceLa Princesse de Clèves, de Madame de La Fayette, o longa mantêm a linha de trabalho do diretor.

Honoré nos mostra uma Paris colegial, um retrato detalhado da juventude parisiense, que se descobre a cada dia e que revela seus afetos, invejas, disputas e amores. Mas não pense que este é um filme adolescente bobo. Mesmo tendo como tema uma turma de alunos, o diretor consegue construir personagens intensos e complexos apesar da pouca idade, esmiuçando os detalhes e particularidades de cada estudante.

É interessante ver também a relação intensa (emocional e consequentemente sexual) entre alunos (principalmente as do sexo feminino) e professores. Junie, vivida por Léa Seydoux, se vê envolvida em um confuso triângulo amoroso com o professor de italiano Nemours (o queridinho de Honoré, Louis Garrel) e Otto, um colega de classe (o novo queridinho, Grégoire Leprince-Ringuet).

Para quem já conhece os filmes do diretor francês, “A Bela Junie” pode parecer “mais do mesmo”, pois retrata a juventude em busca de um amor que se mostra trágico, já que estamos todos fadados a nos apaixonar de novo e de novo para preencher um vazio que não conseguimos explicar. Apesar disso, Honoré faz um belo trabalho onde, com ajuda da música (outro traço marcante de seus trabalhos), filma com maestria Paris, o amor, a vida e a morte.



Abraços Partidos (Los Abrazos Rotos)

SESSÃO "Cedendo Espaço"
Por Victor Quintanilha


Quem conhece minimamente a obra de Almodóvar pode notar seu estilo bastante peculiar. Atores que transitam com ele de um filme para o outro, dramas que geralmente envolvem personagens de características fortes e inusitadas, revelações extremamente importantes em no máximo duas falas de uma personagem são ingredientes inseridos nessa massa. Uma receita que até então vinha dando certo.

Uma pena, mas, em Los abrazos rotos, o diretor espanhol perdeu o ponto e o bolo desandou. Durante a narrativa, o espectador se depara com uma história confusa e mal montada, fica todo o momento a flutuar, buscando achar um chão firme, uma base para se guiar, o que não acontece. Nesse momento, o típico puxão de tapete do diretor não surte efeito algum, pois nossos pés não tocam o chão. Sendo assim, o filme é repleto de revelações ineficazes.

Acredito bastante no milagre da montagem, mas penso que, mesmo com uma ótima montagem, o filme não chegaria a nenhuma prateleira e iria direto ao lixo, pois a historia é fraca demais para render uma boa refeição. Romance clichê e pouco explorado de personagens quase nada envolventes.

Portanto, Los abrazos rotos é um filme sem sal. Uma mistura já conhecida que não gera algo bom, ingredientes que podem todos ser jogados para o canto do prato, sobrando unicamente a cereja do bolo, Penélope Cruz.

domingo, 18 de outubro de 2009

Brüno


Ultrajante, corajoso, ridículo, exagerado. Realmente foi interessante analisar as críticas de Brüno. O último filme do eterno Borat, Sacha Baron Cohen, causou polêmica tanto pelo tema e quanto pelas opiniões. Aliás, se não a houvesse causado, nem seria uma idéia de filme para Cohen.

Brüno pode não ter sido tão legal quanto Borat – também, não é todo dia que vemos um repórter do Cazaquistão joselitando pela América. No entanto, Brüno é tão incisivo em críticas quanto seu antecessor. O tema da homofobia – que no Brasil ainda é, infelizmente, tabu – abre campo para ridicularizações ao showbiz, às futilidades midiáticas e à religião cega, entre outras merecidas "vítimas".

A comédia de Brüno é a do tipo "rir para não chorar", no melhor sentido que essa expressão possa ter. Há situações e pessoas tão (inimaginável e lamentavelmente) estúpidas e ridículas no mundo real que, quando reunidas, formam esse patchwork com que Cohen fez sua "comédia". Se as situações são reais ou combinadas, não importa. As cenas podem não carregar o realismo com o quais estamos acostumados, mas são encharcadas na realidade. Como comediante, Cohen mostra-se um excelente sociólogo e antropólogo.

Contudo, sua ciência social precisa de muito piru-e-xereca para surtir efeito. Por quê? Simplesmente porque fazemos parte dessa comédia, e nada melhor do que o sexo para fazer-nos prestar um pouco de atenção na janela do lado. Um ótimo e merecido tapa na cara.

sábado, 17 de outubro de 2009

Bastardos Inglórios (Inglourious Basterds)

Por Rafael Mathias





Para se fazer um filme de guerra ultimamente é preciso ser original. Para um diretor que consegue ficar entre o mainstream e o underground como Quentin Tarantino, originalidade é pouco. Needless to say: o cara domina a técnica, não tem como negar.
A estrutura narrativa que permeia Pulp Fiction está lá, a divisão em 5 capítulos de Kill Bill, idem. O glorioso tiroteio de Reservoir Dogs não poderia estar mais evidente.
Sim, o Tarantino estava testando a gente, como eu não me toquei antes?! Ele simplesmente percebeu tudo que deu certo em seus outros filmes e refez de uma forma extrema, ambientando no maior acontecimento do século XX. Genial. Mas isso é tema pro Tarantino’s Mind 2.
Tenho que comentar de forma menos generalizada a primeira cena, que é uma das mais bem fotografadas e com diálogos mais bem construídos. A seqüência é longa e a tensão é algo fora do comum. Destaque para a cena da sala de projeção, que é a mais dramática do filme. Embalada por uma belíssima trilha, como em outros momentos, a música se torna um elemento indispensável. A direção de Tarantino explora todos os ângulos, distâncias e movimentos de câmera. Por fim, obviamente, a atuação de Brad Pitt. Ou talvez não, melhor só ficar quieto e aplaudi-lo (novamente). A surpresa é Christoph Waltz roubando a cena. Até então nunca tinha ouvido falar dele, agora já sou fã.
O melhor de tudo é que o filme não passa aquela sensação de clichê patriota. É um filme sobre judeus muito irritados que buscam vingança e alemães sendo ridicularizados do início ao fim. Vingança. Se deu certo no Kill Bill... entendeu? A garganta do Tenente Aldo Raine não tem aquela cicatriz à toa, certo? Pois é, vingança.
Comédia, thriller, noir, o filme é universal, para mim, o melhor do ano. E para uma obra-prima dessas nada melhor do que dizer: “Imperdível!”. Obra prima, ah! Curiosamente, a última fala do filme que sai da boca do Brad Pitt, que olha para a câmera e diz: “THIS MIGHT BE MY MASTERPIECE.” Alguém duvida que quem ta falando isso pra gente é o esnobe do Tarantino? Tudo bem, é sua obra prima, mas não justifica furar no Festival do Rio. Quero ver é furar o Oscar 2010.


Cahiers du Cinéma

Críticas de filmes, sem restrições.