sábado, 10 de abril de 2010

Contatos de 4º Grau (The Fourth Kind)

SESSÃO "CEDENDO ESPAÇO"

Por Vitor Lopes

“Sou a atriz Milla Jovovich. Eu vou interpretar a Dr. Abigail Tyler. Este filme é uma dramatização fiel aos eventos de Outubro de 2000. Cada cena nesse filme se baseia em gravações reais. O que vocês estão prestes a ver é extremamente perturbador.”

O trailer já tinha avisado, e o filme começa exatamente com essa explicação. Milla (Quinto Elemento, Joana D’Arc, Resident Evil) interpreta uma psicóloga de uma cidadezinha do interior do Alaska, nos Estados Unidos. A partir de uma série de coincidências entre seus pacientes, ela decide fazer sessões de hipnose com eles para saber o que está realmente acontecendo. Todas as sessões são filmadas pela Dr. Abigail, e são essas imagens de arquivo que servem como base para todo o filme. Além disso, temos a própria psicóloga dando entrevista para um tal de Olatunde Osunsanmi, da Universidade Chapman (?), sobre tudo o que ela tinha presenciado e experimentado na época dos acontecimentos. Ao final do filme, Jovovich e Osunsanmi falam diretamente com o público sobre os bastidores do filme (como quem topou colaborar ou não) e fazem uma reflexão para instigar os expectadores a pensar se acreditam ou não na veracidade da história. E a história, para quem não ouvir falar ainda, é sobre abdução por extras terrestres.

Já ouvi comparações com Bruxa de Blair e Atividade Paranormal, mas aposto que as pessoas que falaram isso não tinham assistido Contatos de 4º Grau ainda. Mesmo que esses outros dois filmes sejam bons, eles apenas se baseiam em histórias reais, mas são 100% ficção. Contatos de 4º Grau (The Fourth Kind) mistura as imagens reais de arquivo com as “representações artísticas”, mostrando que não há romantização alguma. E a edição é a principal ferramenta que torna essa história um filme magnífico, principalmente pelo poder de suspense que ela fornece. Depois de dar uns dois gritos dentro do cinema, olhei para o lado e vi minha amiga encolhida na cadeira, se preparando para o próximo choque. Não adiantou de nada, ela gritou de novo (e eu também).

No fim do filme (leia-se créditos) somos mergulhados numa enxurrada de gravações telefônicas de variadas épocas, cidades e pessoas, relatando algum tipo de experiência com extras terrestres, desde alguém no Kansas que viu uma luz brilhante no céu à uma pessoa em NYC que diz ter sido abduzida por seres de outro planeta. Eu, como a maioria no cinema, fiquei sentadinho na poltrona até o último relato terminar. E por culpa desse aperitivo final, não sabia eu quem tinha dirigido o filme. Há menos de meia hora o Google me contou que foi (agora veja você) o tal do Olatunde Osunsanmi. Esse é apenas o terceiro filme que ele dirige, mas posso garantir que fez um trabalho muito melhor do que centenas de veteranos têm feito por aí ultimamente.


8 comentários:

Elaine disse...

Pois é. Eu sou a menina a qual o texto se refere. E tenham certeza que do Roteiro à Edição, este é um dos filmes mais bem feitos em termos de suspense. Além disso no final temos o "veja meu nome"-(créditos), tão interativo que chega a ser fílmico tbm . Muito Bom. Vejam !!
Ah, O Vitor tem que ganhar lugar neste caderno eim, 2 das melhores críticas são dele.
Att.

Laio Cherolle disse...

Estou curioso, os filmes atuais do gênero só me fazem rir, mas essa fusão entre realidade e (suposta)ficção parece ser bem interessante.
Mal posso esperar para assitir, obrigado pela dica!

p.s.: concordo com a Elaine(A respeito do vitor).

Unknown disse...

Melhor do que essa análise filmica de 4º grau só Vitor ao vivo empolgadamente descrevendo a sessão no cinema.. Adoro um suspense de BOA QUALIDADE! E ESSE me parece ser dos ÓTIMOS..
Quero muito conferir!!

Laís Fernandes disse...

Muito interessante a história do filme.
Normalmente, não assisto muito esse tipo de filme, mas o Contato parece se diferenciar.
Parabéns pelo texto Vitor.

Unknown disse...

Muito interessante a história do filme.
Normalmente, não assisto muito esse tipo de filme, mas o Contato parece se diferenciar.
Parabéns pelo texto Vitor. (2)

PS. Ele é meu sobrinho...rs

Unknown disse...

Contada desta maneira bem esclarecedora e empolgante, estou bem ansiosa pra assistir este filme que conhecia apenas pelo nome e imaginava que se tratava de outra coisa ! Foi ótimo Vitor seu comentário já que me motivou a ver este tipo de gênero.

Getulio Ribeiro disse...

Depois de ler essa critica, tô indo ao cinema comprar meu ingresso...

o filme realmente parecer ser muito bom...

Etty Almosny disse...

fiquei doida pra ver! nem imagina que o filme fosse assim!

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