sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Me despreze, mas nem tanto

por Matheus Miguens


Vamos deixar as críticas técnicas e burocráticas de lado. Nada de falar de direção, roteiro, estética, bla bla bla. É apenas uma animação, e uma daquelas bem bobinhas.

Não vou falar mal do filme. Eu sou um fã incondicional de animações, mesmo as mais idiotas. Daquele que transforma a semana do Anima Mundi em férias. Só acho que eu merecia mais por ter esperado Meu Malvado Favorito ser lançado, desde dezembro do ano passado, quando ele ficou pronto. Quer dizer, como fica a reputação de um jovem crítico após a enfadonha promoção do filme entre os amigos, antes mesmo de ter sido lançado? Pois é, aposta de fã. A todos, minhas desculpas.

Mas o filme até que é divertido, ainda mais em 3D. Recheado daquelas piadinhas de riso instantâneo com fisionomias momentâneas e vozes manipuladas pra te fazerem rir. Tipo, pra criança mesmo. Ele é legal, exceto algumas infelicidades.


A primeira delas é que a distribuidora do Malvado aqui no Brasil resolveu não fornecer cópias legendadas para os cinemas. Ah, que legal. O carro-chefe de promoção do filme é exatamente o elenco dos cômicos atores hollywoodianos que emprestaram suas vozes aos personagens! Como assim? Como eles podem, na cara dura, me vetarem de ouvir a voz de Steve Carell?! Mais do que isso, a infelicidade é elevada ao quadrado quando o substituto é Leandro Hassum. Tsc tsc. Com as vozes originais, provavelmente terei uma maior aceitação.

A outra infelicidade já me aconteceu antes e tá na moda. Essa mania de juntar as melhores piadas de um filme no trailer é infernal! Elas perdem a graça, só eu acho isso? A Universal resolveu lançar milhões de trailers anteriormente ao lançamento do longa. Resultado, as três primeiras cenas do filme você já conhece e mais outras quatro ao longo dele também.

Meu Malvado Favorito não passa de um ‘quero-ser-um-pixar’.


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