sábado, 14 de novembro de 2009

Vigaristas (The Brothers Bloom)

Por Rafael Mathias


Continuem indo aos cinemas pelos atores. Sim, vale a pena. Fui movido para assistir a Vigaristas única e exclusivamente pelo super elenco (e só pelo elenco, pois detestei o trailer) e não me arrependi. Afinal de contas quem é Rian Jonhson? Melhor dizendo, quem "era" porque ele agora é o diretor de um filme que superou as minhas despectativas.

O longa-metragem inicia e vai adiante com um trabalho de edição impressionante. Um voice-over nos introduz aos irmãos Bloom de maneira divertida. Imagens narrativas, sacadas nos movimentos de câmera, Rian Johnson mostra que sabe o que está fazendo.

A trama é consistente e bem amarrada pelo roteiro. Apesar de a história parecer boba, tem uma questão central interessante: a agonia de ter a vida traçada detalhadamente. Agonia vivida pelo personagem de Adrien Brody, apenas conhecido por seu sobrenome, Bloom, enquanto seu irmão (Mark Ruffalo) é tratado como Stephen, seu primeiro nome.

Voltando ao roteiro: com muitas idas e voltas propositais, fica clara a intenção de Rian Johnson (que é o próprio roteirista), confundir pra explicar, fórmula bastante usada no cinema americano. Porém, Johnson o faz com maestria, como se tivesse acabado de ganhar um diploma do curso de roteiro, com direito a uma estrelinha de ouro de melhor aluno.

Americano na fórmula, o filme é passado na Inglaterra. Curiosamente, parece ser ambientado no início do século XX (com o auxílio do figurino), mas faz uso de elementos totalmente contrastantes da contemporaneidade. Esse recurso só colabora com o humor imagético bastante presente, de forma inteligente, sempre quebrando o clima com algumas surpresas (novamente com a ajuda da edição).

Apesar de o título traduzido ser dos mais bregas, Vigaristas é um filme que merece ser visto pela competência geral e a sensibilidade técnica do diretor, além de servir como um ótimo entretenimento.

3 comentários:

Anônimo disse...

soh acho que o Mark Ruffalo tem a estrelinha meio apagada, sabe...

enfim...

Adrien Brody e Rachel Weisz rule!

Unknown disse...

Crítica muito bem escrita. Fiquei com vontade de ver o filme :)

Anônimo disse...

ah, nem sei....

achei meio retilínio demais o filme... senti falta de um climax de verdade..

mas tem 2 momentos que eu amo de paixão: a discussão final com os Bloom e a Rachel, e o desfecho do teatro. Muito bem bolados.

Me pareceu um picolé de uva no verão, mas eu esperava por um de chocolate.

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