sábado, 19 de junho de 2010

Sem poder, não vem responsabilidade alguma

Por Rafael Mathias

Ser um geek não é fácil. Você acha o que, que o sonho de todo o geek é ter uma loja de gibis? Ser o primeiro no rank mundial do Xbox? Isso é a realidade, mas o sonho mesmo é fazer tudo que todos acham ser impossível para um magricela de óculos: chutar uns traseiros e pegar a mais gata do colégio. Traduzindo, se tornar um super-herói.

Pra isso existe o cinema, pra isso existe
Kick-ass! A vida de Dave Lizewski é comum, ao estilo adolescente sofredor de bullying, que perde o dinheiro do lanche, aspirante a futuro integrante de The Big Bang Theory. Eis que um dia percebe: “Oh Deus! Alguém precisa fazer algo a respeito dessa injustiça!”. E quem melhor que os outros do que si próprio, ou algo parecido. Surge então Kick-ass, o super-herói mais bundão do planeta.

Ambientado em Nova Iorque, a base é similar à de Homem-Aranha, mas como dito no filme “sem a aranha radioativa”. É aí que está a magia, nada é mágico A vida de Dave é totalmente ordinária, com um belo toque de azar. Porque é engraçado ver o protagonista se ferrar de vez em quando. Isso se traduz em uma busca pela realidade que se torna caricata.

O que despertou a minha curiosidade foi que, ao mesmo tempo que o filme tenta não cair no
cliché do herói intocável, acaba entrando num banho de sangue no melhor estilo Kill Bill. Esta aí um ponto chave: até que ponto as ações beiram o real (ou tal situação é crível). O longa-metragem de Matthew Vaughn acerta em cheio, com um bom-humor surreal.

Muitos filmes de super-herói usaram e abusaram de técnicas para aproximar-se da estética dos quadrinhos. Kick-Ass se excede em matéria de edição se comparado à Hulk (de Ang Lee), e se compara à Watchmen no que diz respeito à imagem – os planos são muito interessantes e variados, e as cores nos faz mergulhar naquele universo. Pra quem gosta, é um prato cheio.

1 comentários:

Luciana disse...

vi o trailer ontem, deve ser muito engraçado! e por falar em graça, esquadrão classe A é DEMAIS. totalmente surreal, mas muito bom. vcs podiam fazer a crítica dele também.

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