quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

O Fim da Escuridão (Edge of Darkness)

Por Gabriel Giraud



Cinema é um mundo muito rico mesmo. O pessoal vê Fellini, Pasolini, Almodóvar, Godard etcétera enquanto os meus clássicos são os da Sessão da Tarde, da Temperatura Máxima e, acima de tudo e todos, do Domingo Maior. Papai sempre me mostrava o que ele considerava bons atores e bons filmes. Steven Seagal, Van Damme, Stallone. Cinematograficamente, fui criado pra ser machão e acabei indo estudar Cinema. Mas eu sempre gostei de um Rocky e d’O Especialista (cena da Sharon Stone no chuveiro!!!). Esses filmes sempre se reinventavam, era sempre uma explosão nova, um tipo de bomba mais sagaz, uma pirueta ou uma relação pai e filho mais emocionante.

Pois bem. O novo COM o Mel Gibson (e não DO) não se reinventaria nem nos anos oitenta. Eu não sei o que se passa na cabeça desse povo. A mesma escola de efeitos especiais; as mesmas caras; atuações cada vez mais inexpressivas tendendo ao estereótipo mocinho-vilão; o mesmo tipo machão que não tem nada a perder... epa, mas que diálogo é esse? Ah, sim. Na falta de falas melhores – ou minimamente desenvolvidas – o chavão “isso é confidencial” bate ponto en todas as cenas. As cenas, aliás, cansam, se repetem, não evoluem. Agora o SPOILER [?] Até a temática é eighties: o pai policial vingando o assassinato da filha que denunciava a produção de armas nucleares na empresa em que trabalhava.

No final do filme, uma dúvida e uma certeza. A dúvida é a de se meu pai iria gostar do filme. E a certeza é que, cara, como o Mel Gibson tá velho. Uma estrela por causa do papai!

3 comentários:

Unknown disse...

não vi e não gostei também

Anônimo disse...

Mel Gibson é tão Mad Max, né... Se aposenta, querida.

Matheus Miguens disse...

Um dia quando escrevi uma crítica, giraud fez uma afirmação à minha pessoa que me deixou lisonjeado. Devido ao momento, após ler a crítica acima, me obrigo a devolver tal afirmação com a mesma sentença que me foi dita:

Giraud, sou seu fã cara!

genial...

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