segunda-feira, 7 de junho de 2010

Aptidão para imersão

Por Rafael Mathias


Acrobacias, perseguições, lutas, viagem no tempo e uma femme fatale. Vá ao cinema, se identifique e realize suas maiores fantasias. Já temos todos os elementos necessários para um filme de sucesso, só faltam os efeitos especiais e o galã. Não faltam não, pois estamos falando de Príncipe da Persia, e nestes quesitos, a adaptação do clássico game não peca.

Mas podemos falar do que se tem em exagero ou o que falta para ser algo além. O primeiro item seria a falta de profundidade com que o tema central é abordado: a busca desenfraeada pelo poder, desencadeada pela inveja, resultando em traições e rompimentos de laços importantes. Da mesma forma desleixada e superficial que descrevi, o tema é exposto na tela. Outro motivo seriam as atuações sem destaque, ressaltando apenas Alfred Molina.

Pois então, diante dessa falta de profundidade, acaba que cria-se espaço para um sem-número de reviravoltas, que podem ser explicadas da forma que convier pro roteirista. Ironicamente, isso funciona muito bem. Então vamos pro lado legal da coisa.

As situacões novelescas, as cenas de ação com doses de slow motion, e os conflitos enfrentados pelo Príncipe Dastan são extremamantes empolgantes. Você vibra e torce pelo protagonista, fica indignado com o quao feio e bobo foi o traidor, e o ápice do filme é estasiante. (Só a minha bexiga não aguentava mais a duração do filme, mas eu estava imerso na realidade persa).

Imagem do game Prince of Persia: The Sands Of Time  


Agora, o motivo pra eu ter achado esse filme mais que mediano, foi a forma como a superprodução foi feliz em transpassar a atmosfera do game para os cinemas. A iluminação cria um ambiente, basicamente contrastando as temperaturas de cor mais altas com as mais baixas (amarelo alaranjado e azul); um figurino fiel; e alguns planos derivados da linguagem “videogamística”. Ainda tem o le parkour, marca característica do jogo, que praticamente reinventou o gênero dos games de aventura. A história foi um pouco modificada, mas tudo para o bem do filme, que mantém seu vilão principal e os desafiantes hassassins


Então, entre na torcida pelo príncipe em As Areias do Tempo, ele merece voltar.

2 comentários:

Unknown disse...

Esse era o joguinho que tinha em celulares também, né? Tô louca pra ver o filme. haha

morphomenelaus disse...

o melhor do filme é a paixao do carinha pelo avestruz hahaha mt bom

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