domingo, 31 de janeiro de 2010
Só Dez Por Cento É Mentira
quinta-feira, 28 de janeiro de 2010
O Fim da Escuridão (Edge of Darkness)
Pois bem. O novo COM o Mel Gibson (e não DO) não se reinventaria nem nos anos oitenta. Eu não sei o que se passa na cabeça desse povo. A mesma escola de efeitos especiais; as mesmas caras; atuações cada vez mais inexpressivas tendendo ao estereótipo mocinho-vilão; o mesmo tipo machão que não tem nada a perder... epa, mas que diálogo é esse? Ah, sim. Na falta de falas melhores – ou minimamente desenvolvidas – o chavão “isso é confidencial” bate ponto en todas as cenas. As cenas, aliás, cansam, se repetem, não evoluem. Agora o SPOILER [?] Até a temática é eighties: o pai policial vingando o assassinato da filha que denunciava a produção de armas nucleares na empresa em que trabalhava.
No final do filme, uma dúvida e uma certeza. A dúvida é a de se meu pai iria gostar do filme. E a certeza é que, cara, como o Mel Gibson tá velho. Uma estrela por causa do papai!
Invictus
A história é baseada no livro de John Carlin, Playing the Enemy: Nelson Mandela and The Game that Changed a Nation, que relata a trajetória de Mandela como presidente. O mais incrível é como Mandela conseguiu perceber a importância de um esporte para uma nação, e como a Copa do Mundo de Rugby de 1994 poderia ser explorada para unir um povo que a pouco tempo sofria com o regime do apartheid. O ícone escolhido por Mandela foi o capitão da seleção de rugby da África do Sul, François Pienaar, interpretado por Matt Damon (que emagreceu rapidinho após “O Desinformate”).
A diversidade de assuntos tratados na trama é impressionante. Metodoligia política, importância do esporte, preconceito racial, etc. Uma caracterítica da direção de Clint Eastwood, tratar das diferenças. (Como já vimos em Menina de Ouro e Gran Torino). O curioso humanismo do durão Eastwood é intensificado pelo seu detalhismo, de ótimos planos gerais e closes das partidas.
Convenhamos, Morgan Freeman não parece menos com Nelson Mandela do que Anthony Kieds com Iggy Pop. Com certeza todos já tinham percebido isso. Tal semelhança rendeu a Freeman uma indicação merecidíssima ao Globo de Ouro de Melhor Ator. Após sair da prisão finalmente Mandela is a Freeman!
terça-feira, 26 de janeiro de 2010
Para mais informações...
9 - A Salvação
Ha. Se alguém precisava de um ponto final para a discussão de que “animações podem ser não-infantis”, aqui está. 9 – A Salvação comprova isso com seu tema, seus personagens, cores e vozes. Já estava mais do que na hora das pessoas entenderem que animação é uma técnica, e não um gênero, podendo ser comedia, drama, romance, suspense e, até mesmo, infantil.
Num mundo pós apocalíptico, destruído pela guerra entre homens e máquinas, somos apresentados ao boneco de pano chamado 9. Sem entender como é possível um boneco ter vida, e sem saber para que foi criado, descobrimos que ele não é o único de sua “espécie”. Seus antecessores, seus 8 antecessores, possuem personalidades muito bem defenidas, e cada um deles parece representar um aspecto da vida humana. 9 nos leva através de uma história cheia de simbolismo e subjetividade, guiado por sua curiosidade e desejo de liberdade. A aventura se passa num terreno Tim Burtonicamente sombrio e caótico, com direito a perseguições intensas e máquinas com inteligência artificial. E o que parece ser, a princípio, apenas uma tentativa de sobrevivência do grupo nessa terra inóspita, na verdade é uma busca pela resposta à pergunta primordial de todos os seres humanos: Quem somos nós?!
Essa história já havia sido apresentada ao mundo em 2005 quando o diretor de 9 – A Salvação, Shane Acker, concorreu ao oscar com seu curta 9, também animação, que contia a idéia central do filme. Foi graças a esse curta que Tim Burton se interessou pelo trabalho de Shane e resolver produzir a versão longa para os cinemas. Quem quiser dar uma conferida no curta, que por sinal tem a mesma qualidade técnica do longa, pode procurar por Shane Acker`s 9 no Youtube.