A história apresenta os personagens clássicos da escola americana: a líder de torcida popular; a menina bonita fantasiada de nerd, com seu namorado igualmente nerd, e o gótico obscuro. A fórmula dá certo, o filme não é de todo ruim, mas dificilmente dará à roteirista Diablo Cody a oportunidade de ganhar outro Oscar. Depois dos diálogos fantásticos de Juno, acho que inevitavelmente esperávamos algo mais da premiada escritora/roteirista.
Agora vamos ao que interessa à maior parte do público do filme: Megan Fox (Jennifer). Devo admitir que ela faz um trabalho fantástico no papel... dela mesma. Não consigo pensar em alguém que se encaixasse tão bem no papel de gostosona fútil e oca quanto a própria Megan, e provavelmente foi por isso que ela foi escalada para o personagem. As únicas partes que exigiram alguma habilidade artística da atriz foram os episódios em que virava monstro, e os efeitos especiais são os únicos responsáveis pela credibilidade de tais cenas. Por outro lado, a protagonista Amanda Seyfried apresenta uma atuação muito boa, incorporando de maneira exemplar a solitária devota melhor amiga de Jennifer, Needy Lesnicky, e suas cenas são certamente as melhores.
Uma cena que merece destaque na avaliação: o tão esperado beijo lésbico de Megan Fox e Amanda Seyfried. Sem dúvidas a sequência mais sem nexo e fora de contexto de todo o filme, que serviu apenas para apelar ainda mais para o público masculino e saciar o desejo de muitos de ver seu atual ícone sexual explorar sua bissexualidade na telona.